sábado, 1 de junho de 2013

ANÁLISE CRÍTICA - IMAGINAERUM NIGHTWISH



Boa noite pessoal.


Trazemos hoje aqui nossa análise crítica sobre o álbum "Imaginaerum", da banda finlandesa Nightwish.


Vamos lá:


O álbum foi lançado em 30 de novembro de 2011 na Finlândia, em 2 de dezembro no restante da Europa e em 10 de janeiro de 2012 no Brasil. Foi produzido um filme em paralelo com o Cd, em que o fundador da banda Tuomas Holopainen, comandou de frente.


Pelo que li sobre o filme, foi um total fracasso de bilheteria. O filme teve um investimento de 3,7 milhões de euros, e no cinema só conseguiu o retorno de 67.000 euros até ser retirado de cartaz e ser lançado em Blu- Ray.


O álbum foi bem recebido pelo público finlandês, se tornando o álbum mais vendido em menos tempo no país, quebrando o recorde pertencente ao penúltimo álbum Dark Passion Play. 


Em fevereiro de 2011 o nome do álbum foi revelado como "Imaginarium" porém, em agosto do mesmo ano foi trocado por "Imaginaerum", para evitar confusões com nomes semelhantes.


Sobre o mérito:


O álbum tem um clima todo teatral e poético nas letras, e um toque de aventura nas harmonias, parece ser o trabalho mais inspirado de todos os álbuns. O titulo faz jus ao conteúdo, da para imaginar realmente algo fantasioso em meio as faixas. 


Ainda é meio polêmico a questão dos vocais na banda, existem os fãs que ainda se prendem no passado com os vocais perfeitos da Tarja, e tem os fãs que pensam "poxa, bola pra frente", é evidente a mudança na sonoridade da banda desde o álbum "Once" até hoje. Não que isso seja ruim, a banda fez o mais sensato a se fazer para tudo se encaixar. Nessa transição a banda perdeu um pouco daquele estilo Góthic Metal, Intenso porém com a suavidade da Tarja, e mudou para uma pegada mais rápida, repicada, com um vocal um pouco forçado da Anette.


O final da turnê de apresentação desse álbum, teve como substituta nos vocais a ex-After Forever "Floor Jansen", que tem um vocal muito mais parecido com o que a banda precisa, acho que seria uma ótima se ela ficasse de vez na banda.


Gostei bastante da faixa Intro, foi muito bem colocada como apresentação do Cd, muito convidativo, indicando sua temática e é cantando em sua linguá. Sobre a vida, o tempo, e tudo que nele existe ser como o um palco de circo.


A faixa Storytime, o primeiro single do Cd, foi bastante diferente do que a banda costuma apresentar, achei meio mainstream, muito comercial.


Slow, Love, Slow, muito interessante a troca do metal sinfônico característico da banda, por uma pegada de Jazz, uma musica suave com um solo muito gosto, teve momentos que a melodia da música me fez sentir em uma cabaré nos anos 30. Não achei a música ruim, achei muito bem trabalhado e apenas diferente.


A faixa instrumental "Arabesque" me surpreendeu bastante, pelo virtuosismo e pela temática, parece até trilha sonora de um filme de aventura, como numa perseguição no meio de uma selva. 


I Want My Tears Back, achei a melhor música do álbum, envolvedor, com pegada de Folk Metal e um refrão mais marcante, achei a faixa mais longe do mainstream. Uma ótima presença de gaita irlandesa, rápido, divertido e retornando pros vocais um pouco mais calmo, achei a faixa super bem trabalhada.


Um diferencial muito bom nesse álbum é a inclusão de um coral de crianças em algumas faixas do disco. A faixa Ghost River é marcada por esse coral no final da música cantando o seu refrão, um clima meio sombrio  toma conta de tudo. Não sei por que mas quando ouvi esse coral, me veio no cabeça algumas meninas com uniformes escolares, tipo do filme "A Órfã", cantando como se fosse um transe. Maluquice minha? quase certeza que sim, porém é um ponto positivo a criatividade da banda.


As faixas "Scaretale' e "Rest Calm" também contam com esse coral, tendo um destaque maior nessa última que contém além do tenebroso coral, um solo de guitarra, não tão fritado porém com bastante feeling, na seguida com uma levada perfeita a devolvendo para o coral, que nessa ocasião é cantada em conjunto com Anette, nessa passagem chegando no clímax da canção, fazendo qualquer um se arrepiar.


A faixa "Song of Myself", a canção mais longa do álbum (quase 14 min), é a faixa em que eu mais senti a presença da bateria, é longa porém não é cansativa, não é tão pesada, tem seus momentos bastante agitados e calmos, a orquestra fez um trabalho ótimo nessa faixa,. Na verdade a orquestra fez um trabalho ótimo no álbum todo, deixando um álbum bem diferente e original.

Imaginaerum , essa faixa achei meio entediante e enjoativa, com alguns arranjos em violino da melodia da faixa Storytime, e novamente a gaita irlandesa entra, senti um pouco de falta de uma base de guitarra ou mesmo um solo, achei muito chata de ouvir até o final.

Tirando as músicas acima que tiveram mais destaque no álbum, o restante das faixa nos traz uma pegada um pouco mais pesada, nada de diferente do último álbum, não são canções ruins, mas precisam de um tempo maior para cair no gosto, mas de cara não gostei muito.


O álbum é bom, é diferente, o destaque maior fica pela virtuosidade da banda, as vezes pode ser enjoativo, é mais pesado que seu antecessor "Dark Passion Play" e segue a mesma linha. O conteúdo é muito bom, até agora sendo o álbum mais criativo, porém não sendo o melhor da banda por não conseguir agregar tão bem melodia e letra como "Once" e seus antecessores, e por ter músicas que não gravam de vez na cabeça.


Vale a pena comprar, é divertido, porém quem é mais conservador não vai gostar muito do álbum, é bastante diferente, e da a sensação que a banda ainda não se encontrou.


Ainda sim, recomendamos o disco. Cogumelo


2 comentários:

Anônimo disse...

Até tentei ler o texto todo, tava legalzinho. Mas o layout do blog tá muito cansativo. Tela preta com letra branca vai contra todos os conceitos de usabilidade e deixa a leitura muito cansativa. Além disso a letra tá muito pequena e o plano de fundo do blog colorido de mais, tira a atenção de quem vai ler... fica a dica, se é que esse blog ainda tá ativo.

Leonnard disse...

Ainda bem que a Floor ficou efetiva